“MUST” TOP 10

MUST foi a palavra que “inventei” para apelidar tudo o que dá sentido à minha vida. São aquelas coisas sem as quais não me imaginaria viver… I Must have this or… I don’t have nothing. Os meus MUST podem ser pessoas, objectos ou, simplesmente, sonhos… dos quais não abdico NUNCA. Há uns que são inalteráveis, outros, porém, podem ser transformados em virtude de alguma reviravolta ditada pela impermanência da própria vida. Os meus MUST não têm nada de comum uns com os outros, não são sequer equiparáveis. Nenhum é mais importante em detrimento de outro. São simplesmente diferentes entre si, mas cada um tem um lugar exclusivo na minha vida.

1. A minha família, em especial a minha filha, que é o Must mais irrequieto de todos, uma fonte de energia inesgotável. Depois de um dia estafante, nada como sacar-lhe um pouco da sua genica (ela tem de sobra). Chegar a casa é um momento nosso, e um simples ataque de cócegas, é tudo o que preciso para encarar com ânimo o lado B do dia – o jantar, os banhos, os tpc’s, a história para adormecer…
2. Os meus Amigos, aqueles que mesmo longe estão presentes. Nunca precisei de os procurar, porque eles sempre aparecem nos momentos cruciais da minha vida. São a família que escolhi.
3. Um bilhete de avião para a Austrália, sem data de regresso… No Mapa-mundo há inúmeros lugares que quero conhecer mas, sem sombra para dúvidas, esta será a viagem da minha vida! Um dia destes, de mochila às costas, lá irei eu fazer a minha viagem MUST rumo a Victoria Street, a rua oficial dos mochileiros em Sidney, a porta de entrada da minha longa aventura no país dos cangurus.
4. O meu telemóvel é um objecto quase humano. Acorda-me de manhã com toda a sua potência e começa logo a trabalhar para eu não me esquecer de nada. Às vezes, chateio-me com o mundo, e zás… paga ele a factura. Outras vezes, “esconde-se” de mim ou eu dele. Mas, a maior parte das vezes, está ao meu lado, pronto para eu usar e abusar dele!
5. O meu portátil sou eu em formato digital. Uma infinidade de documentos que se multiplicam a um ritmo alucinante. Alguns são rascunhos, ideias em estado bruto, textos interrompidos. Outros são ideias trabalhadas, textos à espera de um destino e tudo aquilo que produzi ao longo da minha vida profissional. Não é um Big Mac é um Big Book…
6. Os meus rabiscos, a forma que encontrei de escrever com tintas e pincéis, tudo o que não consigo desenhar com letras.
7. Os meus livros, que me oferecem a oportunidade de viver outras histórias que não a da minha vida. Preenchem os meus vazios, alimentam o meu espírito e através deles analiso quem sou e o que quero. Ao ler o outro salvaguardo a originalidade dos meus textos, porque só conhecendo o que existe, posso inovar no que escrevo.
8. O meu refúgio no Meco e tudo que o envolve. A praia, as minhas fugas de bicicleta por trilhos perdidos, os fins de tarde a petiscar, enfim… o ar que respiro no fim-de-semana faz-me encarar a cidade, o trânsito, o trabalho com uma dinâmica renovada.
9. Um Salto Tandem é o Must mais radical de todos. Sentir a adrenalina da queda-livre já não é um sonho, é uma realidade que quero experimentar. Voar é possível, nem que seja apenas por 50 segundos…
10. O último Must é Top Secret, é algo tão íntimo que nem eu própria conheço muito bem. Desvendá-lo é o desafio que enfrento todos os dias, há 33 anos.

Apesar de ser uma feroz defensora da língua portuguesa, recorri ao inglês, para definir tudo aquilo/aqueles que fazem parte integrante da minha vida. Escolher uma palavra que retratasse genuinamente tão díspares, complexos e importantes bocados de mim não é fácil. Inegavelmente, MUST have tem um impacto bastante superior a TENHO de ter. Mas, não foi por aí… Aliás, a palavra MUST surgiu há uns anos, por mero acaso, no meu vocabulário. Saiu-me… O que importa é que continua a ser “A” palavra que escrevo para expressar tudo o que me faz feliz, e isso não é um acaso, é uma certeza.

Os meus MUST são todos os bocadinhos que compõem um todo. Os meus MUST… sou EU!